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Vôlei: jogadoras brasileiras deixam cidade no Nepal após ataques
Publicado em 12/09/2025 09:42 • Atualizado 12/09/2025 09:42
Notícia
Reprodução/Karnali Yashvis
Atletas chegaram ao país asiático no início do mês

As jogadoras brasileiras de vôlei Mayra Souza e Ana Flávia Galvão, que chegaram no início do mês como reforço para um time da modalidade no Nepal, tiveram que deixar o hotel onde estavam hospedadas às pressas devido as protestos violentos que atingem cidades nepalesas liderados por jovens que estão insatisfeitos com a situação do país.

Ana Flávia Galvão e Mayra Souza, ambas mineiras, foram apresentadas no dia 1º de setembro como reforços internacionais para a equipe nepalesa de vôlei Karnali Yashvis. As atletas disputam a segunda edição da Everest Women's Volleyball League.

O hotel onde a equipe em que as jogadores brasileiras atuam estava hospedada, na cidade de Pokhara, cerca de 200km da capital nepalesa Kathmandu, foi invadido pelos manifestantes. Elas tiveram que deixar o local e se abrigar em uma região de mata próxima ao hotel.

Elas conseguiram se hospedar em outro hotel até poder seguir viagem de volta a Kathmandu. Na manhã desta quinta-feira (11), Ana Flávia postou nas redes sociais que estavam à caminho de Kathmandu.

Ana Flávia Galvão registrou que estavam deixando a cidade onde o hotel foi invadido durante protestos
Reprodução/Instagram
Ana Flávia Galvão registrou que estavam deixando a cidade onde o hotel foi invadido durante protestos

 

A última partida aconteceu na segunda-feira (8), com vitória do Karnali, por 3 a 0 contra o Kathmandu Spikers, no terceiro jogo da competição. Galvão foi eleita a melhor jogadora da partida Uma nova rodada teria início na terça (9), mas foi cancelada devido às manifestações.


Entenda o motivo dos protestos no Nepal


Os protestos violentos se intensificaram desde a terça-feira (9) e já deixaram mais de 30 mortos e 1.500 feridos, segundo o jornal local Nepal News. Ainda de acordo com informações da imprensa internacional, jovens da "Geração Z", caracterizada por aqueles nascidos entre 1997 e 2012, começaram as manifestações por descontentamento sobre os privilégios vividos pelos filhos de políticos, enquanto a grande maioria dos jovens vive dificuldades para encontrar emprego, por exemplo.

Manifestante queimaram prédios governamentais no Nepal
Reprodução/redes sociais
Manifestante queimaram prédios governamentais no Nepal
 

O estopim teria acontecido no início da semana, quando o governo tentou emplacar um projeto de lei para regular redes sociais, exigindo que empresas tenham representação no Nepal, enquanto críticos afirmam que a medida é uma tentativa de censura e de limitar a liberdade de expressão. Plataformas como TikTok e Viber já cumpriram as exigências e seguem no ar, mas outras duas dezenas de redes foram bloqueadas.

O Exército está nas ruas da capital Katmandu desde quarta (10) para tentar conter a onda de violência liderada pelos jovens da Geração Z.

Fonte :- Vôlei: jogadoras brasileiras deixam cidade no Nepal após ataques

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