Copa do rugby começa com jogadoras da região

Publicado em 24/08/2025 10:08 • Atualizado 24/08/2025 10:10

Notícia

A Copa do Mundo de rugby feminino começou na sexta-feira e a Seleção Brasileira, em inédita participação, contará com três jogadoras do São José e duas do Jacareí. A estreia das Yaras será neste domingo e haverá transmissão.

Confira no material enviado pela assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Rugby.

Pela primeira vez na história, o Brasil disputará a Copa do Mundo de Rugby (Rugby World Cup), a grande competição do Rugby XV mundial. A competição teve inicia na sexta-feira, dia 22, com a Inglaterra, país sede, encarando os Estados Unidos, na cidade de Sunderland. Todos os demais jogos serão no fim de semana, com o Brasil fazendo sua estreia no domingo contra a África do Sul, na cidade de Northampton.

As Yaras estão no Grupo D que, além de brasileiras e sul-africanas, conta com França e Itália. Ao todo, 16 seleções disputam a fase inicial da Copa do Mundo divididas em quatro grupo com quatro times cada.

Os dois melhores de cada grupo avançarão às quartas de final, com a grande final marcada para o dia 27 de setembro, em Londres. Esta é a 10ª edição da história da Copa do Mundo feminina, com a América do Sul sendo pela primeira vez representada.

Todos os jogos terão transmissões ao vivo do Disney+, com os principais jogos, incluindo todos do Brasil, ganhando a tela dos canais ESPN.

Yaras contra Springbok Women

Brasil e África do Sul abrirão suas campanhas no estádio Franklin’s Gardens, na cidade de Northampton, região central da Inglaterra. Para as brasileiras, o jogo é um marco, pois as Yaras serão a primeira seleção sul-americana a debutar na competição. A classificação do Brasil foi conquistada no ano passado diante da Colômbia e, desde então, o Brasil viveu momentos de crescimento, realizando sete partidas internacionais em 2025 e vencendo quatro, incluindo a última antes do Mundial, por 22 a 0, diante da Holanda.

“Nosso time teve altos e baixos no caminho da Copa do Mundo. Crescemos quando nos fechamos ao redor de um propósito, mantendo nosso foco. A Copa do Mundo é um passo histórico para nosso rugby e queremos colher o melhor para nosso esporte. Trabalhamos para competir, e não apenas para participarmos. Começamos essa jornada abaixo do nível de uma Copa do Mundo e crescemos demais, física, técnica, tática e mentalmente. Nosso time está muito preparado, forte, e queremos mostrar do que somos capazes. O Rugby XV é um jogo de inteligência e estratégia e estudamos muito nossas adversárias”, falou Eshyllen Coimbra, capitã das Yaras.

“Vamos viver um sonho, mas queremos mais. Queremos performar o nosso melhor, respeitando nossa história e colocando nosso jogo em ação. Vamos enfrentar tudo o que vier pela frente”, finalizou a atleta com mais jogos na história da seleção brasileira.

Confronto inédito

Brasil e África do Sul jamais se enfrentaram no Rugby XV. O rugby sul-africano é famoso no mundo por sua força no masculino, com sua seleção sendo a maior campeã da Copa do Mundo, com quatro conquistas. No rugby feminino, no entanto, as Springbok Women, como são conhecidas as sul-africanas, ainda não atingiram o mesmo patamar, pois jamais alcançaram a fase de quartas de final. Contudo, a África do Sul está em ascensão e suas forwards são renomadas globalmente. Para o jogo, o Brasil apostou em uma formação que garantirá força entre as forwards, isto é, as atletas que vestem as camisas de 1 a 8.

“As jogadoras escaladas são as que melhor se ajustam a nosso plano de jogo. Escolhemos atletas bem preparadas para uma partida que promete ser muito física e que testará nossa defesa. Queremos aplicar nosso jogo e executar bem o que estamos treinando, tentando explorar nossa fortalezas”, falou Emiliano Caffera, treinador das Yaras. “Vamos buscar manter o jogo parelho até o fim, o que cumpriria com nossos objetivos, independente do resultado”, completou.

A primeira linha das Yaras conta com as destacadas Taís Prioste, que atua no rugby francês, e Fran Barros, vinda do rugby português. A hooker Júlia Leni, jovem mas já experimentada, completa o trio. A segunda linha terá a capitã Eshyllen jogando ao lado da olímpica Marcelle, oriunda da seleção de rugby sevens. A terceira linha terá Larissa Henwood, com larga experiência no rugby neozelandês, jogando com as jovens ascendentes Larissa Carvalho e Camilla Ísis, ambas vindas do sevens.

A scrum-half é Aline Mayumi, que fará a dupla criativa com Raquel Kochhann, a porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que terá mais um capítulo marcante em sua carreira. No centro, a dupla do sevens Mariana Nicolau e Marina Fioravanti formam dupla, com a artilheira Giovanna Barth e a experiente Edna Santini nas pontas.

Edna será a primeira jogadora na história a disputar Jogos Olímpicos, Copa do Mundo de Rugby Sevens, Copa do Mundo de Rugby League e Copa do Mundo de Rugby XV na carreira. Por fim, a camisa 15 será Bianca Silva, capitã atual da seleção de sevens.

Watch Party na Paulista

Para as três partidas das Yaras, a Confederação Brasileira de Rugby promoverá sua festa para os fãs. Quem comparecer à Arena Centauro, na Avenida Paulista, assistirá aos jogos das Yaras no telão, podendo vibrar com a torcida como se estive no estádio. Além do jogo desse domingo, dia 24, o Brasil enfrentará a França, no dia 31, às 12h30, e a Itália, no dia 7 de setembro, às 10h.

Ficha técnica

24/08 – 10h45 Brasil x África do Sul

Local: Franklin’s Gardens – Northampton (Inglaterra)

Árbitra: Hollie Davidson (Escócia)

Brasil: 15 Bianca Silva, 14 Giovanna Barth Moreira, 13 Marina Fioravanti, 12 Mariana Nicolau, 11 Edna Santini, 10 Raquel Kochhann, 9 Aline Mayumi Bednarski, 8 Camilla Ísis Carvalho, 7 Larissa Carvalho, 6 Larissa Henwood, 5 Marcelle Cruz de Souza, 4 Eshyllen Coimbra (c), 3 Taís Prioste, 2 Julia Leni Lima, 1 Franciele Barros;

Suplentes: 16 Isabela Gomes Saccomanno, 17 Samara Vergara, 18 Giovana Mamede, 19 Dayana Dakar, 20 Letícia Silva, 21 Luiza González Campos, 22 Fernanda Tenório, 23 Isadora Lopes;

África do Sul: 15 Nadine Roos, 14 Jakkie Cilliers, 13 Zintle Mpupha, 12 Aphiwe Ngwevu, 11 Ayanda Malinga, 10 Libbie Janse van Rensburg, 9 Tayla Kinsey, 8 Sinazo Mcatshulwa, 7 Sizophila Solontsi, 6 Aseza Hele, 5 Danelle Lochner, 4 Nolusindiso Booi (c), 3 Babalwa Latsha, 2 Micke Gunter, 1 Sanelisiwe Charlie;

Suplentes: 16 Lindelwa Gwala, 17 Xoliswa Khuzwayo, 18 Yonela Ngxingolo, 19 Nomsa Mokwai, 20 Lerato Makua, 21 Unam Tose, 22 Mary Zulu, 23 Byrhandré Dolf;